Obra completa de Fernando Pessoa para download

Fernando Pessoa por Bottelho

Fernando Pessoa  Copyright 2013 © Bottelho

O portal Domínio Público disponibiliza para download a poesia completa de Fernando Pessoa. Embora sem uma ordem cronológica adequada e com edições repetidas, o acervo contempla toda a obra conhecida do poeta português. Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, em Junho de 1888, e morreu em Novembro de 1935, na mesma cidade. É considerado, ao lado de Luís de Camões, o maior poeta da língua portuguesa e um dos maiores da literatura universal.

Os seus poemas mais conhecidos foram assinados pelos heterónimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro, além de um semi-heterónimo, Bernardo Soares, que seria o próprio Pessoa, um ajudante de guarda-livros da cidade de Lisboa e autor do “Livro do Desassossego”, uma das obras fundadoras da ficção portuguesa no século 20.  Além de exímio poeta, Fernando Pessoa foi um grande criador de personagens. Mais do que meros pseudónimos, seus heterónimos foram personagens completos, com biografias próprias e estilos literários díspares.

Álvaro de Campos, por exemplo, era um engenheiro português com educação inglesa e com forte influência do simbolismo e futurismo. Ricardo Reis era médico e defensor da monarquia, com grande interesse pela cultura latina.  Alberto Caeiro, embora com pouca educação formal e uma posição anti-intelectual (cursou apenas a primária), é considerado um mestre. Com uma linguagem directa e com a naturalidade do discurso oral, é o mais profícuo entre os heterónimos. São seus “O Guardador de Rebanhos”, “O Pastor Amoroso” e os “Poemas Inconjuntos”.   O crítico literário Harold Bloom afirmou que a obra de Fernando Pessoa é o legado maior da língua portuguesa ao mundo.

Aqui: Toda a obra poética de Fernando Pessoa para Download

José Cabral e Lei n.º 1901

A Lei n.º 1901, de 21 de Maio de 1935, da República Portuguesa, foi um diploma que visou a ilegalização e dissolução de sociedades ditas secretas em Portugal.

Sobre José Cabral

No clima político vivido em Portugal com a implantação do Estado Novo, o deputado José Cabral, então director-geral dos serviços prisionais, monárquico e antigo nacional-sindicalista apresenta, em 19 de Janeiro de 1935, na Assembleia Nacional, o projecto de lei n.º 2, visando a extinção das associações secretas.  O projecto adoptava uma definição de associação secreta que tinha em vista atingir a Maçonaria e a Carbonária, sendo que esta última provavelmente já não existiria.

O projecto de lei sobre as associações ditas secretas, também previa sanções aos que pertencessem a qualquer tipo de “associação secreta” independente das finalidades da organização.

No discurso que proferiu na Assembleia Nacional, em 5 de Abril de 1935, argumentando em prol da ilegalização da Maçonaria, José Cabral afirmou a dado passo:

Eu sei de Estados que a não toleram. Estados de características idênticas ao nosso: Estados fortes, autoritários, norteados apenas pela noção firme do bem comum e, assim, sei que a Maçonaria foi exterminada pelo Estado fascista que declarou incompatível com a sua própria existência. Nós temos uma doutrina e somos uma força, disse Salazar, e das mesmas fronteiras, com a doutrina e com a força da Maçonaria“.

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Fernando Pessoa – Associações secretas

Fernando Pessoa por Bottelho

Texto de Fernando Pessoa, uma análise ao Projecto de Lei apresentado ao Parlamento [1935].   Diário de Lisboa, nº 4388, 4-II-1935

Associações Secretas

Estreou-se a Assembleia Nacional, do ponto de vista legislativo, com a apresentação, por um deputado, do projecto de lei sobre “associações secretas”. De tal ordem é o projecto, tanto em sua natureza como em seu conteúdo, que não há que felicitar o actual Parlamento por lhe ter sido dada essa estreia. Antes há que dizer-lhe Absit omen!, ou seja, em português, Longe vá o agoiro! Continuar a ler

75 anos da “Mensagem” de Fernando Pessoa

A "Mensagem" foi o único livro de poesia que Fernando Pessoa publicou em vida

Há exactamente 75 anos, no dia 1 de Dezembro de 1934, a editora Parceria António Maria Pereira, de Lisboa, publicava o volume de poemas “Mensagem”. O autor, Fernando Pessoa, tinha então 46 anos – morreria quase exactamente um ano depois, a 30 de Novembro de 1935 – e, em formato de livro, descontado um folheto, depois repudiado, no qual defendia uma ditadura militar para Portugal, editara apenas alguns opúsculos de poesia inglesa. Continuar a ler